quinta-feira, 28 de abril de 2011

Desequilíbrio, Sonho de metal.


Capitulo 1


Rebobinando a fita


Ela estava ali, sentada naquela mesa de bar, um bar de esquina, e mais uma vez ela diz:
- Estica essa dai pra mim.
Uma coisa comum, naqueles dias, cheirar é uma coisa comum, comum para as pessoas que não tem mais vontade de viver,e por isso todos tentavam entender o porque de uma menina de 15 anos, se matar assim.
Na mente dela isso era normal, como transar com qualquer cara por dinheiro, por prestigio na quebrada valia tudo.
Linda, sensual, qualquer malandro queria te-la, sem muito esforço muitos conseguiram, a vida era uma eterna vadiagem com os caras até encontrar o cara que prenderia aquele coração.
-David eu te amo.
Era esse sentimento que ela sentia por ele, afinal, homem lindo, muito requisitado pelas mulheres, que estavam sempre lado a lado, na alegria, na tristeza, nas carreiras, no pó ,no vicio, e pra concluir, fizeram deles um.
Os pais daquela garota, não eram pais ruins, eram ótimos educadores, seguidores da palavra de Deus, e muito rígidos, seu pai Alberto já havia desistido de salvar a filha, sua Mãe Alzira nas suas orações angustiadas implora pra Deus salvar aquela alma que aparentemente e quase certamente estava perdida, mas como sua mãe cria e eu creio nunca é tarde pra conversão.
Em mais um dia de loucura, aquela garota chegou em casa extremamente agressiva, quebrou as coisas, e por intervenção da mãe para que seu pai não visse aquela cena tentou parar a filha. Um grande silencia e choros dominou aquela sala 4 segundos depois, sua mãe caida no chão, com os olhos machucados a boca sangrando, e o olhar seco da filha sem nenhum arrependimento daquela ação. Quando seu Alberto adentrou a sala, um espírito de ira o dominou, naquele dia como dizem ele conheceu uma parte do Alberto que ele mesmo não conhecia, a mesma coisa é assim no nosso dia-a-dia, as situações desperta sentimento que nós mesmo não conhecíamos até aquele instante, e como eu digo, isso é algo que não nos deixa dizer quem nós somos, pois não nos conhecemos totalmente, continuando, naquele momentos, o rosto daquela menina ardia, pois as mão fortes de Alberto a batia com muita força sem dó nem piedade, mesmo sendo um servo de Deus. A familia não aguentava mais sofrer com a filha então sem pensar mais os pais daquela menina, expulsaram ela de casa.
-Eu vou, mais vocês seus imprestáveis mais vocês nunca mais vão me ver não volto mais, e nem meu filho vocês vão conhecer.-Disse ela.
-Como assim sua rapariga que filho? -Impressionado perguntou o pai
-É isso mesmo eu estou grávida, do David, e vou ir morar com ele, eu não quero essa merda de filho, mais se eu chegar a te-lo vocês nunca vão ver.
Como havia comentado antes, eles se tornaram um só, e um só você só se torna, quando 2 formam 1.
Os pais ficaram boquiabertos dentro daquela sala, não expressaram nenhuma reação, acho que não existia reação pra expressar aquele momento.
A menina virou-se para a porta e foi embora, só com a roupa do corpo, que por acaso estava imunda e larga, pois o emagrecimento foi muito intenso de umas semanas para cá devido o uso das drogas. Sua mãe apenas olhou sua filha saindo, e no momento veio a cabeça, ela quando criança, uma linda menina e pensando que nem Deus imaginaria que ela iria se tornar isso.
-Que Deus te guarde minha filha.

(...)